A Cruz da Vida

Quão pesado é carregar a cruz da vida!

Nem sempre sabemos ou podemos avaliar seu peso, nem mensurar o seu valor. Quanto pesa a minha cruz da vida?
Ela representa nosso lado temerário que carrega para longe de nós a felicidade, a paz, a saúde, os amigos, familiares e os amores.


Ninguém neste mundo escapa de ter uma cruz para carregar!
Seja ela pequena, leve, grande ou pesada.
que transportamos para lá e para cá, durante anos e anos?
Assim como a felicidade nos faz felizes, a cruz da vida nos torna sorumbáticos e curiosamente indignados por termos que levar adiante aquilo que nos entedia, cansa-nos e nos maltrata.
Todas as cruzes famosas ou não são sinais de sofrimentos.

Muitas pessoas são fracas demais para carregar sua cruz.
Mas ela é necessária. Não podemos viver somente de sorrisos e alegrias, temos que aprender a conviver com as lágrimas e amarguras também.
No caudaloso rio dos nossos corações existem lágrimas abundantes para regar nossas emoções nos momentos precisos.

A vida é emoção constante. Sentimos isto desde que evoluímos para o mundo após o nascimento até que terminamos nossa missão neste planeta, rico e pródigo de tudo que precisamos.

E precisamos de tantas coisas, além dos cinco sentidos que nos conferem a felicidade de distinguir tudo que nos faz bem ou mau.
Mas a par desta magia, existe a cruz da vida a nos rondar dia e noite. Não como uma perseguidora, mas como um moto contínuo da arte de viver.

Para muitas pessoas o peso da cruz da vida é insuportável.
Ou melhor: para muita gente a cruz da vida é um martírio.
Muitos ingredientes corroboram para que tenhamos de conviver com esse andrajo, sempre indesejável.
Porém, intimamente nosso amigo das horas boas e más.

Assim como existem o preto e o branco, o frio e o quente, existem também os pesos das cruzes que somos obrigados a carregar como penitencias. Como castigos. Como carrascos que nos perseguem do começo ao final das nossas vidas.

Às vezes um aleijão, uma doença crônica, a perda de alguma capacidade vital, alguma mutilação, a perda do emprego ou da esposa/esposo, uma séria rejeição ou até mesmo uma fatalidade; são cruzes pesadíssimas para suportar.

Há filhos de Deus que já nascem com a sua cruz às costas. Fico pesaroso quando vejo nascituros chegarem neste mundo com distúrbios, aleijões e outras infelicidades.

Outros existem que ao longo do percurso vão acumulando infelicidades que se transformam em cruzes. Muitas delas tão pesadas que se tornam impossíveis de carregar sós. Cruzes são legados individuais.
Ninguém pode com minhas cruzes, nem eu posso com as de ninguém!

Analisando bem a cruz das nossas vidas, vamos descobrir muitas pequeninas coisas que vão evoluindo, acumulando-se dentro de nós até tornarem-se grandes e pesadas cruzes.
Rancores, aborrecimentos, impertinências, invejas, ciúmes, intrigas.

Todos nós nascemos para o bem e para a felicidade, porque somos filhos de Deus, pai amoroso. Mesmo assim não estamos isentos de aflições, de necessidades e de recursos que nos ajudem a viver o viver pleno. Sempre haverá um "porém" que desvia nossa vida dos caminhos ideais, jogando-nos para outras estradas que conflitam com nossa felicidade. Os mais idosos que o digam quão suas cruzes são difíceis de carregar.

A cruz tem um forte simbolismo cristão, pois foi na cruz que Nosso Senhor Jesus Cristo foi pregado para redenção dos nossos pecados.
Mas ela tem duplo significado: a redenção  do pecado original e tem também o nome de Cruz Latina, ensejando que a conheçamos com duas alusões. A trave horizontal significa o Alfa e o Ômega; o princípio
e o fim. E a trave vertical, a ligação entre o céu e a terra.

Sempre estamos a reclamar da nossa cruz pesada. Mas esquecemos que a Cruz que Jesus Cristo carregou nas costas, foi um instrumento cruel e torturador de sua realeza de Filho de Deus. De Verbo Eterno.

Então, conformemo-nos e aprendamos a suportar nossa cruz e sigamos em frente. Dessa provação ninguém escapa!
Eu também tenho minhas cruzes.


Autor Rivaldo Cavalcante