Quanto vale um elogio?



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Você que está lendo este texto é muito especial para mim! Muito obrigado.

No meu antigamente elogiava-se mais do que hoje. Parece até que as pessoas se amavam mais e de verdade! Com mais carinho, atenção, respeito, seriedade e afeto.

Estamos desaprendendo a elogiar. Muito embora as regras para elogiar alguém serem muito simples e fáceis de guardar na memória. Basta manter uma atitude de delicadeza, sinceridade e verdade. 

Quem não gosta de receber elogios?


Desses que entram corações adentro e realizam prodígios, eletrizam quem os recebe. Elogiar é uma carícia, expressa na admiração pelos outros e pelos que os outros fazem e de que modo atuam na vida.

Todos nós somos carentes de elogios. Do tipo que deixa marcas, irmana, enfeita, infla os egos dos elogiados. Elogiar é transmitir nosso afeto às outras pessoas, num clima de verdade e respeito. Enaltecendo suas qualidades e virtudes. Receber elogios faz bem à quem recebe e enobrece quem repassa.
Não tem preço que pague um elogio verdadeiro, amoroso!

O elogio é fundamental para o sentimento de cada um de nós, sobretudo nos lares, que são, por incrível que possa parecer, os lugares mais esquecidos dos elogios. As expressões de admiração, aprovação e de louvores, que tanto marcam nossos procedimentos, estão escasseando. Parece até que elogiar é um impropério. Sinto as pessoas secas e esvaziadas de sentimentalismos. De aconchego amoroso.

O que estamos vendo hoje?
O isolamento também entre as famílias. Pais e filhos vivem enclausurados em seus retiros pessoais, apegados ao que ensina a televisão (inclusive as mentiras e os impropérios), à Internet e aos aparelhinhos de celulares, verdadeiros assassinos da familiaridade, que existia antigamente. Comentar atos e fatos de casa já não exerce mais fascínio sobre as pessoas, acostumadas que estão a serem preteridas para "depois". Primeiro, segundo e terceiro lugares as novelas e futilidades televisivas, depois vem o aconchego familiar e outras amizades carinhosas e caridosas.

É muito fácil e dócil elogiar o balconista que nos atende no corre corre do supermercado, o motorista que nos transporta no seu taxi, o padre que fez um emocionante sermão, o lixeiro que nos livra dos entulhos, o profissional que retelha nosso telhado, que consertou a descarga do nosso banheiro. O carteiro que nos traz notícias. A empregada doméstica ou o empregado que zelam pela beleza dos nossos lares, jardins, manjares gostosos e pela nossa felicidade.

A briosa atitude de elogiar angaria amigos, expande nosso relacionamento, dá-nos credibilidade e termina garantido-nos sorrisos. Faço questão de elogiar com prodigalidade. generosidade, liberalidade, largueza de gestos e palavras. Experimente agir mais ou menos assim e note como as pessoas se sentem mais felizes, consideradas. Quem é que não gosta de ser louvado, de ter elogiado um pedaço de si?

Como era o nosso antigamente?
Era um tempo mimoso, prazeroso quando as famílias se entrelaçavam dentro de suas próprias propriedades pessoais, estimuladoras e divinas. Davam-se as mãos e trocavam-se beijos e abraços. Mas, nem tudo poderia permanecer como antigamente. A modernidade apagou os brilhos que esses simples gestos representavam para quem os merecia receber e para quem os oferecia.

O que temos presenciado hoje nesta era fantástica da modernidade galopante? Os isolamentos, a falta de carinhos entre familiares e pessoas outras que fazem parte do nosso círculo de amizades. Perdemos aqueles desejos e hábitos de chegar mais perto, de beijar e abraçar mais, levados que fomos pela maluquice das trapizongas eletrônicas.

Na verdade ficamos "secos", perdemos o liame da história da cordialidade, da benquerença, daquela amizade que nunca chegava à maturidade, era sempre uma criança. No computador eu perco a noção do tempo, mas não deixo de dar um beijinho nessa pessoinha maravilhosa, minha esposa. E elogiá-la...

Pratique o elogio a partir de hoje. Chegue junto. Aperte a mão do outro.
Transmita-lhe emoções positivistas e sinceras. Sorria!
Estes pequenos gestos de amizade garantem uma aproximação mais sincera, mais humana. Não podemos tratar todas as pessoas com quem mantemos algum tipo de relacionamento como suspeitas de alguma diabrura. Todos somos bons, simpáticos, cordiais, amorosos, sinceros até prova em contrário.

Dê-se ao luxo de fazer amigos. Troque olhares de amizade com as pessoas que passam ao seu lado. Ajude um idoso a atravessar a rua na faixa de pedestres. ofereça seu lugar no coletivo a uma senhora gestante, a uma mãe com o neném nos braços.
Cumprimente mais as pessoas. Não devemos preterir ninguém do nosso meio doméstico ou social. Todos abrigamos tesouros nos nossos corações.

Se tiver chance de elogiar, elogie, fazendo deste simples ato um elo de união entre as partes, mesmo que não vejamos mais aquela pessoa.
Sempre agradeço aos meus amigos e amigas da Internet pelas mensagens que me enviam. E noto que eles e elas se tornam mais macios, mais pertinho de mim, oferecendo-me uma parcela do seu tempo para mandar-me palavras elogiosas, um texto,dar uma notícia especial, fazer críticas. Ou para agradecer.

O elogio mimoso nunca sairá de cena, nunca perderá o seu valor!

Autor Rivaldo Cavalcante

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