Vergonha nacional



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Nossas crianças maltrapilhas, desamparadas, esfomeadas perambulando pelas ruas das cidades, sem eiras nem beiras, nem locais decentes e dígnos que os ajude e ampare nessa caminhada espúria, em busca sei lá do quê!

Talvez, do Amor que lhes é negado!


Observando bem, nós as encontramos vagando como entes desamparados da sorte, dos pais e das autoridades. Uma lástima e um triste cartão postal para nossas cidades. Muitas delas esbanjando riquezas com banquetes milionários, com viagens luxuriantes dos políticos pelo mundo afora, sem, no entanto, darem guarida aos menores abandonados;
que também são brasileiros.

Ninguém tem coragem de assumir a triste proposta de os amparar nessa fase ingrata da adolescência. Mocinhas e rapazotes em plena puberdade, sós e à parte da sociedade organizada.
Entregues aos azares dos acasos.
Às espoliações da vida!

O que essa gente miúda espera do futuro? Aliás que futuro os aguarda nessa travessia espúria, cheia de perigos de todos os tipos. Sendo o mais cruel deles a ausência de mãe, pai e irmãos, para constituírem uma família dígna. Um lar abençoado por Deus, onde eles possam pensar um pouco nos dias e noites vindouros, quanto ao seu preparo para os duros embates no mercado de trabalho, nos lares, na sociedade.
Qual o clarão que pode iluminar seus corações?

Muitos vagueiam pelas ruas acometidos por doenças, que os tornam dementes para enfrentar as dores da solidão, do abandono.
Que pais é este? Que não ampara seus jovens. Que não abre espaço na sociedade para educar e manter essa gente abandonada como participante de uma sociedade organizada, como ela é apelidada.
Cadê os órgãos assistenciais que possam ampará-los,
dando-lhes a orientação cívica, cristã e
física de que necessitam.

Pensando bem, somos uns hipócritas, pois, sabemos e permitimos que tal lástima se perpetue na sociedade, que deveria estar preparada para acolher essas crianças, nossos patrícios, que vivem em estado de putrefação social, às custas da caridade alheia quando essa existe.

Crianças que são enxotadas dos lares como cães raivosos e que ficam expostas aos desgastes da penúria que as envolve, na mais putrefata das ações que possam ainda existe em favor desses brasileiros e brasileiras que são vistos como entulhos de uma cidade grande e próspera. Mas que não sabe nem tem como amparar esses menores que o destino jogou nas ruas, sob a claridade da lua e do brilho das estrelas, que para eles nada valem. Pois suas prioridades são outras.

E lá no recôndito de suas almas de jovens jorram as necessidades de uso de entorpecentes para mitigar a solidão que os envolve, no manto negro da noite escura do abandono, do descaso social, da indiferença dos responsáveis pelas suas vidas incipientes. Cadê os políticos notáveis!?
Cadê as religiões cristãs e as seitas salvadoras?

A droga os inebria e os prepara para a criminalidade e vícios que, aos poucos, vão se apropriando de suas presas mirins, com a facilidade de quem nada tem a ver com esta situação.

Meu Deus, salvai com Vosso poder esses nossos irmãos peregrinos do acaso, do medo e da solidão social, que não vivem como Vossos
filhos, mas como párias de uma sociedade perversa.
Do viver sem famílias nem pátria. 

Autor Rivaldo Cavalcante

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