Minha mala!



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Para que serve uma mala?

Todos nós carregamos nossas malas, recheadas
de coisas pequenas, médias e grandes.
E até uns trecos inimagináveis.
Pertences pessoais e utencilios vários.
Cada coisinha que carrego na minha mala tem
sua serventia mais cedo ou mais tarde.

Minha bagagem é farta.
Carrego muitas alegrias que fazem um grande
volume; elas servem para me lembrar
que estou vivo e participativo da grandiosidade
do Universo. Na vibração dos valores.
Partilho as alegrias com amigos e amigas
do meu coração. A tristeza me magoa!


Carrego suspiros que me fazem recordar o passado,
mergulho neles e me abstraio do mundo. E a
minha mala vai ficando pesada. Nunca esqueço
de levar abraços para os amigos e beijos
para as amigas, mimos que sempre me solicitam.

As primeiras coisas que ponho na minha
mala são as emoções. Disso nunca abro
mão, porque elas afloram
a qualquer momento em quarquer lugar. Para
onde vou levo minha malinha cheia delas.
Emocionar-se, leva-nos a pensar na
sublimidade da vida. Na quietude do silêncio.
Na partilha do que possuimos de melhor!

Carrego lágrimas e sorrisos variados. Nunca
estamos preparados para o inusitado.
Nossas viagens pelo mundo afora sempre
exigem que estejamos preparados para o
momento seguinte.
Os sorrisos abrem os coração.
As lágrimas regam os jardins da nossa saudade.

Nunca deixo de levar comigo um monte de
agradecimentos. Há tanto o que agradecer
nas nossas vidas. Às vezes até um olhar
merece nossos agradecimentos. Um aperto de
mãos e um abraço são demonstrações de
afeto e sinceridade. Obrigado!

Sempre carrego um monte de ilusões. Elas
servem para me mostrar que nem tudo é
verdadeiro, bonito, perfeito e salutar.
Levo também lencinhos
perfumados para os momentos de êxtases.

Um vidrinho do perfume Amor Perfeito para
salpicar pelos caminhos que percorrer. Levo
água benta para expulsar para longe as
tentações das invejas, raivas, iras e azares.

Minha mala geralmente anda lotada de
quiquilharias. De suspiros de um amor que
o destino levou e não me devolveu. Levo muitos
pés de desejos de todos os tipos. E minha
mala vai ficando pesada; mas há
preciosidades das quais não posso
me apartar.

Os carinhos que preciso distribuir. As
palavras de incentivo que devo proferir. Os
 beijos. Ah! os beijos mais eloquentes do que
palavras, sempre os distribuo à vontade.
Beijar é comigo mesmo!

Minha bagagem vai lotada de bondade para
doá-las às amigas e amigos mais
carentes. Quem não gosta de felicidade?
Pois transporto um monte delas para
distribui em profusão.

As paixões vão em caixinhas especiais para
doar a quem está precisando de emoções. A
paz tem lugar epecial na minha mala de
viagem. Sem a paz comigo fico inquieto e triste.
A paz é a redoma que emoldura do mundo.

Saudades são quiquilharias muito usadas
Acho que todas as malas corregam muitas
saudades, para consolar os corações
desolados. Saudades que chegaram e
depois desapareceram do mapa.
Saudades que nunca mais pousaram nos
jardins do meu coração.

E o amor? Este sim, nunca me abandona por
onde ando. Ele está junto de mim em
todos os lugares, porque ninguém pode viver
sem amor. E faço questão de doá-lo à farta
aos desiludidos da essência da vida; à quem
não aprendeu ainda a amar, aos que
derraparam nas quebradas das quimeras vagas.

Minha mala de viagem parece um supermercado,
com tantas bugingangas que carrego, para
oferecer à quem necessida de ajuda.
Ao retornar da viagem, minha mala volta vazia,
leve como uma pena. Mas para o contentamento do meu coração  sobraram três ou quatro alegrias
que guardarei para a próxima viagem.

Mas, para onde eu vou mesmo com esta mala vazia?

Autor Rivaldo Cavalcante

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