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À mulher internauta brasileira que nos encanta com suas maneirices através de refinadas manifestações literárias e artísticas. (Sintetizando: A grande puxada)

(Só para mulheres)
Bom dia, queridas amigas internautas.

      Adoro receber seus e-mails. Eles são pictóricos, inteligentes, magistralmente formatados. Uma beleza! São quase o zênite.



      Vocês são a alegria do meu coração, quando, sonolento, madrugadas adentro, posto-me diante do computador para receber as novidades. Vocês são os pivores dos meus sonhos! O remédio que o cardiologista me prescreveu, em vez de comprimidos, xaropes, meizinhas, chás verdes e passes espíritas, foi computador, se possível dia e noite. Isso faz milagres. Revigora a saúde. Torna-nos alegres e simpáticos. Regula a PA. Acreditem!

      Rio muito com o que vocês me mandam. Às vezes choro (tenho o chorador folgado), quando algo me impressiona e mexe com meu sentimentalismo nordestinense. Amo vocês como se fossem da minha família.

      Chego até a apostar uma caixa de chocolates, como as mulheres são maioria na Internet nacional. Por volta dos 82%. Na deliciosa arte de manusear o computador, os meus bons amigos ficam para trás. Eles ainda precisam ser lapidados. Talvez Freud explique esse desnível intelectual.

      Elas sabem tudo. Pesquisam que não é brincadeira. São umas danadas. Quando acrescento à minha lista de e-mails uma dessas experts produtoras de sites, exímias formatadoras, tremo nas bases.
      
      As mulheres têm mais sentimentalismo, mais tchan! São mais afetuosas. Vão além das nuvens ou descem às profundezas abissais dos corações, para desnudarem nossos mistérios e nos agradarem. Elas possuem acuidade, perspicácia, astúcia, lucidez, clarividência. Acho que são umas bruxas místicas ou, eufemisticamente, quase isso.

      Mulheres selecionam com mais finesse as melhores e mais tocantes mensagens, e ilustrações, para espalhar pela Internet afora, completando-as com delicadas melodias. Por isso, elas são a maioria na rede. Essas mulheres dentro de dez anos são umas cobras...! Minha neta de sete anos, abre, fecha explora sites infantis, coloca figuras na telinhas com músicas, clica para copiar figurinhas do seu agrado... pinta e borda no computador. Eu fico na sobra.

      Tenho recebido fotos de algumas amigas, ou os encontro nos seus sites. Sempre me antecipo e mando a minha, para selar nossa amizade virtual e provar que sou legal. Minha foto não é lá grande coisa para expor numa galeria de homens bonitos. Mas se presta bem para colocar no açucareiro, como alternativa para espantar aquelas endiabradas formiguinhas microscópicas, que infernizam os lares. Algumas amigas estão devendo suas fotos. Ainda não descobri o porquê da demora.

      Dentre os meus amigos virtuais, só tenho a foto de um; por sinal de um cara muito apessoado e dono de reinante simpatia. Erudito até dizer basta.

      Muitas já me abandonaram no meio do caminho. Desapareceram do mapa e nem disseram Adeus! Entretanto e graças a Deus, a maioria é fiel. Tem até quem me visite diariamente, o que muito me apraz! Algumas vezes trocamos confidências, de leve! Sem que isso cause qualquer transtorno ao nosso companheirismo internáutico. Recebo e-mails contando piadas; malhando alguém; com belas poesias; com atualização da situação  político/econômica nacional; reclamando disso e daquilo. Recebo também algumas pornografiazinhas não compromedoras. Os amigos mandam menos esse tipo de mensagens do que as amigas. Tem umas que chegam bem na beirada do inacreditável. Fico meio desnorteado. Mas aguento firme. Não sou puritanista.

      Gosto de elogiar minhas amigas, como se fôssemos irmãos. Algumas também de vez em quando me enviam mimos elogiosos. Tem umas brabas pra danado. Dão broncas, reclamam, discordam dos meus pontos de vista. Mas isto eu vou tirando de letra, fazendo de contas que o amor é lindo é o céu é logo ali na outra esquina. Bendita seja a Internet que nos une; sem ela eu já teria morrido de tédio.

      Hoje em dia quem não tem amigos e amigas na Internet, é um pobre de espírito, um desatualizado, um desvalido da sorte. A Internet só tem um grande inconveniente: não podemos trocar beijos de verdade. Só de mentirinha. Beijos e abraços de mentirinha não fazem sentido. Praticamente decorei os e-mails de todas as amigas e amigos; e quando os escrevo no teclado é como se estivesse tocando (figurativamente) em suas mãos com as minhas. Emocionante!

      A prosa foi boa. O cafezinho estava uma delícia. As rosquinhas melhores ainda. A noite avançou no tempo e no espaço. Vamos então, sem estresse e com um sorriso nos lábios, desligar o computador e naná, como dizia vovó.

Amo vocês amigas com aquele amor voluptuoso.
Até mais tarde. Ôxente!

Autor Rivaldo Cavalcante

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