Encerramento da JMJ



0 comentários

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
2013 - Rio de Janeiro.

      Encerrada a JMJ,  no Rio de Janeiro com grandes pompas, bênçãos e aplausos, restaram as saudades e as despedidas de quantos dela participaram de uma forma ou de outra. Na conta bancária da Felicidade alguma coisa deve ter pingado.


      Foi um excepcional evento de fraternidade e de solidariedade em todo nosso pais. Muitos jovens brasileiros não puderam estar presentes na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, pelas distâncias e outros motivos.



      Lamentável! Lamentável que a maioria dos nossos jovens, não participaram de tão magno acontecimento, que conglomerou as massas deste pais e de outras regiões do mundo. Muitos deles nem tomaram conhecimento do que aconteceu devido às distâncias em que moram para a cidade sede do Encontro.


      Que mensagens restaram para esses desafortunados que não puderam estar presentes. Que mensagens nós temos para eles?



      Mas, no cômputo geral a JMJ do Rio foi um acontecimento que despertou novas atenções para com os jovens do mundo; considerando a nova LUZ dos novos tempos que estamos vivendo. Certamente não foi dito tudo que deveria ser dito. Não foi pregado o verdadeiro. Não foram derramadas sobre todos os jovens as luzes que deveriam iluminar suas vocações e vidas. Segundo a prédica do Evangelho de Cristo que diz: "UT OMNES UNUN SINT" - Para que todos sejam um.



      Desta forma ainda restam muitas arestas a aprumar, muitas e difíceis metas a cumprir no reino da solidariedade humana. Na verdade nossos jovens estão entregues à sua própria sorte. A preparação dos jovens para enfrentar o futuro é um dilema de muitas e agudas pontas. Eles me parecem aturdidos, impacientes, perdidos entre as decisões que seus corações lhes impõem e as pantomimas que a Mídia lhes oferece.



      Atônitos eles navegam a esmo. No convívio familiar, onde explode a desobediência. No âmbito social onde existem muitos preconceitos ideológicos. No campo da socialização e preparação deles para o futuro, com grandes empecilhos a transpor. E, sobretudo, no que tange à escolha do que fazer no futuro, que começou ontem.



      Não acredito que os pais orientem criteriosamente seus filhos com relação ao que pretendem fazer no futuro, quando o mundo lhes abrir as portas das oportunidades. Nem ricos nem pobres são capazes de discernir entre esta e aquela profissão militante.       Coitados dos jovens pobres deste pais rico!!!



      Sinto os jovens muito aturdidos diante do que fazer amanhã: na escolha da profissão. Que tipo de trabalho desempenhar para tornar suas vida dignas, para constituir uma família bem alicerçada? Para serem felizes e fazerem outras pessoas felizes?



      Vejo também que as famílias estão muito ocupadas  para dar-lhes atenção nesse sentido. Muitas nem sabem como começar um diálogo a respeito. Ou simplesmente aplaudem suas decisões aleatórias, sem alicerces. Sem contestações plausíveis.



      Nesse lindo festival não vi nenhum aglomerado de jovens favelados do Rio, ostentando bandeiras esfarrapadas com o nome FAVELA TAL, para mostrar ao Papa Francisco suas verdadeiras situações de favelados, de paupérrimos, de sem eiras nem beiras, sem educação, sem lares, horizontes, sem futuro. Teríamos que mostrar-lhe o lado podre da medalha.



      Mas que tinha muitos jovens ricos charmosos e mulheres sapecas e lindas, tinha demais. Foi mais um festival para deslumbrar os santos lá de cima do que os pobres (favelados) cá de baixo. As pompas e os brilhos das lantejoulas ofuscaram os verdadeiros princípios de uma situação gritante, que é o pauperismo e carência juvenil no nosso pais. Uma semana de festival é muito pouco tempo para desnudar as verdades. Para abrir novas veredas. Para dar as mãos aos jovens carentes e abandonados deste pais. A chaga é muito profunda; ara criar e realizar milagrosos programas assistenciais.



      É muito difícil avaliar a profundidade desse encontro tão mimoso como a estrela d’Dalva. A profundidade do fosso é muito mais funda do que podemos imaginar; com uns tendo demais e outros não tendo nada.



      Que Deus, todo poder e bondade abençoe o Brasil.



      Que nossa Senhora Aparecida, compadeça-se dos jovens pobres que não participaram deste privilégio, por serem jovens pobres.


Autor Rivaldo Cavalcante

0 comentários:

Postar um comentário

Agradecemos seu comentário!

newer post older post