Dias das crianças grandes.

Depois das crianças pequenas, vem a temporada das
crianças grandes, que somos todos nós adultos.
Por temporada entenda o ano inteiro,
como a festa das crianças grandes. No batente.

Somos as crianças que estão na linha de frente,
botando a vida para rodar, especializando
nossa capacitação nas especialidades da vida.
Somos nós as crianças grandes que temos filhos
para criar e educar, que possuímos um lar,
um trabalho. Que sonhamos e criamos um
ideal a atingir, enquanto gira a roda do mundo.
Seremos sempre essas crianças grandes mimadas
de outras formas, sob outros pretextos que vamos
tecendo no labirinto do dia a dia.


Não brincamos com carrinhos de rolimãs, nem
com bonecas de pano. Nossas brincadeirinhas
de ontem viraram brinquedos de verdade
nos lares para arrumar e zelar. No trabalho,
nas Universidades no vai-e-vem do lusco-fusco diário.
Deixaremos um dia de sermos crianças bebês
para nos transformarmos em alavancas que
impulsionam o progresso, que edificam os 
ideais, que planta os jardins, que nos
ajustamos aos novos momentos da vida,
que se transforma a cada dia.

O papel fantástico das crianças grandes é perpetuar a
renovação da espécie humana, pela procriação.

Parabéns, queridas crianças grandes, no seu
pelejar pela vida. Na sua visão do futuro.
No seu jeito de ser, de aprender  ensinar, de fazer.
De zelar pela vida. De amar!

E, como não poderia deixar de ser agradeço-lhes,
como minhas amigas e amigos, à quem rendo
meu preito de gratidão. Espraiando
ao meu derredor vossas gentilezas e atenções,
vossas alegrias, inspirações, conselhos e
algumas broncas de vez em quando.
Obrigado pelas vossas bondosas amizades
queridas e queridos amigos
crianças grandes.

Autor Rivaldo Cavalcante